Transbordando de boas palavras

segunda-feira, setembro 09, 2013


Sempre quando me perguntam qual é meu livro favorito ou qual é meu autor favorito, muitos se espantam ou hesitam. Outros  me olham com um ar preconceituoso, do tipo... ela realmente está falando sério?!

Digo com antecedência a você, sim, falo sério. Meu livro favorito é a bíblia e meu autor favorito é o Salomão, que escreveu três livros: Provérbios, Eclesiastes e Cantares.

Nasci numa família cristã, ler a bíblia em casa é tão comum que virou rotina. Sempre antes de dormir medito num versículo. Desde que decidi estudar Letras tenho admirado cada vez mais os escritos de Salomão. Certamente ele transbordava boas palavras, e é isto que almejo.

Em Provérbios Salomão transborda a sabedoria:
 "Estes são os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel. Eles ajudarão a experimentar a sabedoria e a disciplina; a compreender as palavras que dão entendimento; a viver com disciplina e sensatez, fazendo o que é justo, direito e correto; ajudarão a dar prudência aos inexperientes e conhecimento e bom senso aos jovens." Provérbios 1:1-4

Em Eclesiastes ele se aplica a entender o homem nas suas solicitudes pela vida:
"Que grande inutilidade! ", diz o Mestre. "Que grande inutilidade! Nada faz sentido!" O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol? Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre. O sol se levanta e o sol se põe, e depressa volta ao lugar de onde se levanta. O vento sopra para o sul e vira para o norte; dá voltas e mais voltas, seguindo sempre o seu curso.
Todos os rios vão para o mar, contudo o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, para lá voltam a correr. Todas as coisas trazem canseira. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: "Veja! Isto é novo! "? Não! Já existiu há muito tempo; bem antes da nossa época." Eclesiastes 1:2-10

E por fim em Cânticos Salomão expressa seus amores e anseios: 
"Por favor, sustentem-me com passas, revigorem-me com maçãs, pois estou doente de amor.
O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça, e o seu braço direito me abrace.
Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar pelas gazelas e pelas corças do campo: não despertem nem provoquem o amor enquanto ele não o quiser." Cânticos 2:5-7

A paixão transcrita nos versos dele nos faz lembrar da influência bucólica que vemos no Setecentismo/Arcadismo:
"Veja! O inverno passou; as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos. A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levante-se, venha, minha querida; minha bela, venha comigo.
Minha pomba que está nas fendas da rocha, nos esconderijos, nas encostas dos montes, mostre-me o seu rosto, deixe-me ouvir a sua voz; pois a sua voz é suave, e o seu rosto é lindo. Apanhem para nós as raposas, as raposinhas que estragam as vinhas, pois as nossas vinhas estão floridas. O meu amado é meu, e eu sou dele; ele pastoreia entre os lírios. Volte, amado meu, antes que rompa o dia e fujam as sombras, e seja como a gazela ou como o cervo novo nas colinas escarpadas." Cânticos 2:11-17
Por fim, recomento sim a leitura desse dentre outros autores bíblicos. Portanto, é preciso, antes, se despir de qualquer "pré-conceito" e abrir a mente para ver a beleza que há em cada verso.

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